Olá, leitores do blog da Convex! Saiu uma notícia super interessante no site do G1 falando da cidade de Itanhaém que ganhou o prêmio Inova Cidade 2019, e virou referência nacional por fazer o uso de inovações tecnológicas através dos equipamentos da Convex, como lousas digitais, tablets, audiolivros e monitores interativos nas salas de aula! Confira a matéria abaixo!
Lousas digitais, robótica sustentável, provas em tablets, audiolivros e monitores interativos. O uso de novas tecnologias está expandindo o conhecimento de milhares de estudantes da rede municipal de ensino de Itanhaém e acabou virando referência nacional. O programa de inclusão digital ‘Aprendizado do Futuro’, que atende cerca de 16 mil estudantes e abrange todas essas ações tecnológicas, recebeu o Prêmio Inova Cidade 2019, voltado às iniciativas que contribuem para a melhoria da qualidade de vida nas cidades brasileiras.
O uso das tecnologias em sala de aula vem mudando a rotina dos alunos desde 2014, quando foram iniciadas as atividades de robótica aos estudantes dos 6º aos 9º anos do Ensino Fundamental. O objetivo era desenvolver a criatividade, o raciocínio e a coordenação motora das crianças e, claro, aliar a tecnologia a sala de aula.
Por meio da robótica, os estudantes conseguem assimilar o conhecimento e atrelar as atividades às disciplinas de Matemática, Língua Portuguesa, Ciências, Geografia e História. Os alunos utilizam softwares avançados e produtos recicláveis. Inspirados em problemas da atualidade, eles elaboram projetos de robótica e montam maquetes para apresentar soluções conscientes.
“Trabalhamos com uma placa italiana que consegue colocar movimentos utilizando uma programação. A criança senta no computador e faz a programação. Por exemplo, monto uma casa e faço a programação para acender uma luz. A diferença em relação às iniciativas privadas é que trabalhamos a questão da sustentabilidade. Cerca de 70% do material é reciclado e os outros 30% é a parte eletrônica”, explica a coordenadora da Informática Educacional, Soraya Rodrigues Sales.
Com bons resultados, os alunos dos 5º anos e, depois, os estudantes dos 4º anos também foram contemplados com as aulas de robótica. Os trabalhos selecionados são exibidos na Mostra de Robótica, que acontece sempre no fim do semestre.
Tablets começaram a chegar nas escolas de Itanhaém em 2015 — Foto: Mariane Rossi/G1
Notebooks, tablets e lousas digitais
Depois das aulas de robótica, as escolas receberam notebooks, tablets e lousas digitais em 2015. Os profissionais da Educação participam de capacitações e começaram a usar as ferramentas em sala de aula.
Os tablets, destinados aos alunos de 6º a 9º ano, apresentam o software com atividades e conteúdos multimídia, como vídeos, textos e links, ajudando o aluno no entendimento de conteúdos da língua portuguesa. As lousas digitais e os notebooks começaram a ser usados pelos professores como mais uma ferramenta para aproximar o aluno às novas tecnologias e facilitar o entendimento das disciplinas.
Professores passaram por treinamento para utilizar as novas tecnologias em sala de aula em 2015 — Foto: Mariane Rossi/G1
Audiobooks
Inspirado em um aluno com necessidades especiais, os próprios estudantes criaram os audiobooks, que depois passaram a ser utilizados por toda a rede de ensino da Cidade. Os próprios alunos passaram a produzir livros com áudio, com a ajuda dos professores. Os alunos são responsáveis por todas as etapas: desde a elaboração da história, produção do livro até o trabalho de sonoplastia e efeitos especiais.
A ideia é melhorar a escrita e a leitura dos jovens do 6º ao 9º ano e atender aqueles que possuem algum tipo de deficiência. Segundo a assessora de Orientação Educacional e idealizadora do projeto, Alessandra A. Sales Cavalcante, os alunos construíram uma relação de protagonismo com o projeto, uma vez que suas vozes foram gravadas e as histórias produzidas por eles.
Inspirado em um aluno com necessidades especiais, os próprios estudantes criaram os audiobooks em Itanhaém — Foto: Prefeitura de Itanhaém
Google For Education
A última inovação que chegou na rede de ensino de Itanhaém foi o Google For Education. uma plataforma do Google com ferramentas educacionais que conecta professores e alunos com o intuito de estimular a criatividade e gerenciar as atividades dentro e fora das escolas. O município foi o primeiro na Baixada Santista a selar parceria com o Google.
“O professor e o aluno podem organizar tudo e jogar na plataforma sem precisar de pendrive, sem limite de espaço. A criança aprende a fazer documentos e planilhas de cálculos. Os professores também conseguem criar uma sala de aula online, onde deixam todas as atividades para os alunos”.
Professores receberam treinamento para utilizar o Google Education na rede municipal de ensino de Itanhaém, SP — Foto: Prefeitura de Itanhaém
As escolas também receberam Chromebooks, notebooks do Google que contam com os aplicativos da marca. Alunos do 6º ao 9º ano de 11 escolas da cidade receberam o dispositivo. A bateria dura cerca de 10 horas e, a cada dia, os notebooks são utilizados por um grupo diferente de estudantes.
Com os perfis individuais, os alunos fazem o login em qualquer Chromebook, seja na sala de aula, na biblioteca, no laboratório de informática ou em casa e tem acesso a todas as configurações pessoais. Os professores aplicam atividades dentro e fora de aula e realizam até provas utilizando os recursos. Além disso, conseguem supervisionar os milhares de Chromebooks com poucos cliques.
“Os professores utilizam o Google Forms para fazer questões para os alunos responderem e, depois, eles já conseguem ver a resposta imediata. Eu vou aplicar uma atividade na minha sala e quero ver a fragilidade dos alunos. Todos os alunos fazem e quando o último responder eu consigo mensurar se a sala foi mal na adição, divisão. Desta forma, sei onde consigo trabalhar mais com os alunos”, explica ela.
Neste ano, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), composto por provas e questionários do Inep para avaliar a educação básica brasileira, foi realizado por meio dos notebooks. “94% dos alunos que utilizaram os Chromebooks gostaram de fazer a prova do Saeb deste jeito. Tivemos uma economia de 10.500 mil de sulfites”, falou.
Professores receberam treinamento para utilizar os monitores interativos em Itanhaém, SP — Foto: Prefeitura de Itanhaém
Monitores interativos
Em julho deste ano, os professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), que atuam com alunos com deficiência, começaram a receber 40 monitores interativos. Os aparelhos possuem tela touch screen de 65 polegadas e sistema Windows, onde também será utilizado o Google For Education. Para Soraia, além de atender à competência ‘Cultura Digital’, definida pela Base Nacional Comum Curricular, os aparelhos também facilitam o aprendizado dos alunos especiais.
Desenvolvimento
Há quatro anos, João Gabriel de Oliveira, de 13, participa das aulas de robótica no contra turno escolar. A mãe do menino conta que, desde o início, ele se interessou pela novidade proporcionada pela escola e viu o desenvolvimento do filho a cada ano.
“Meu filho aprendeu a fazer sistemas. Hoje em dia, as crianças são muito rápidas. Ele consegue montar projetos com o computador e fazer maquetes. As crianças ficam mais interessadas. Elas já vivem nesse mundo da tecnologia, incentiva um pouco mais. Meu filho gosta bastante”, disse Sheila Barbosa Saraiva, mãe de João Gabriel.
A professora da rede estadual Marilea Casadei acompanha de perto o desenvolvimento das filhas Jéssika Casadei Gouveia, de 10 anos, e Giulia Casadei Gouveia, de seis. Ela conta que a menina mais velha, que está no 5º ano, teve o primeiro contato com a robótica neste ano e logo conseguiu ver os benefícios da nova atividade na vida dela.
“A Jéssica era uma menina muito tímida mas, depois que ela começou a fazer a robótica, não quer mais faltar na escola, está mais animada, comunicativa. O que eu vejo é que essas aulas estão melhorando muito. Além de pesquisas, conhecimento, melhorou o jeito dela, a autoestima dela. Quando ela tem aula de robótica ou informatica, parece que fixa mais o conteúdo. O visual que traz a tecnologia encanta”, fala Mariela.
Ela conta que, quando tinha a idade das filhas, o material era apenas giz e uma lousa na sala. Hoje, ela comenta que as meninas vieram, com empolgação, contar sobre a chegada dos monitores interativos na escola.
“Hoje em dia, elas têm vontade de ir pra escola porque vai vir coisas diferentes. Essa parte da tecnologia das lousas, sala de informática, tem acrescentado muito no aprendizado delas. Não é porque sou de Itanhaém, mas ela (Cidade) tem um olhar voltado para isso. Não vejo isso nas escolas de outras cidades. Itanhaém está na frente”, falou Marilea.
Feira de robótica sustentável em Itanhaém, SP — Foto: Divulgação/Prefeitura de Itanhaém
Reconhecimento
O sucesso na utilização das novas tecnologias no ambiente escolar de Itanhaém acabou vindo não somente dos pais dos alunos mas, também, ganhou visibilidade nacional. O programa Aprendizado do Futuro receberá o Prêmio InovaCidade 2019, durante a 7ª edição do Smart City Business Brazil Congress & Expo, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
A organização do prêmio recebeu 53 inscrições, sendo que 20 foram selecionadas como merecedoras da premiação, por suas iniciativas ou projetos com impactos positivos mensuráveis e reconhecidos pela sociedade, realizados pela administração pública, iniciativa privada ou pela sociedade.
Para Soraia, a premiação é fruto de um trabalho que iniciou no fim de 2013 e teve, não apenas uma continuidade, mas que foi ampliado com o passar dos anos. O uso de tecnologias em sala de aula acompanha o interesse dos novos estudantes, que já nasceram neste mundo digital e eleva a qualidade da educação municipal.
“A tecnologia está inserida no âmbito escolar. Temos que buscar inovações. Os alunos de hoje não são como os de antigamente. Saímos do mesmo. Os alunos têm aulas mais dinâmicas e atrativas. Vemos os resultados. Tem aluno que se enquadrou e que quer entrar em engenharia, descobriu uma habilidade. E quando estiver lá fora, já tiveram contato com essas tecnologias, terão um diferencial no mercado de trabalho. As tecnologias só vêm a favorecer”, finaliza Soraya.